segunda-feira, 4 de julho de 2011

"Humano, demasiadamente, humano"

(escrito, exatamente, há um ano)


Gostaria mesmo de sonhar sem limites, desavergonhadamente, sem parar para pensar se o sonho poderia de algum modo se tornar realidade. Afinal, o que é real? Mas nunca conseguiremos sonhar para além da nossa realidade. Nossos sonhos são a medida do que experimentamos ou conhecemos. Como são pobres nossos sonhos! Nossa imaginação é tão estreita! Gostaria de imaginar o inimaginável, aquilo que nem sei se existe! Algo que esteja além dos meus domínios, dos meus desejos, dos meus sonhos mais escabrosos... Da minha vida e identidade! Queria me entregar às asas de uma imaginação mutante, que se transformasse a cada instante, me impedindo de criar algo que fosse lógico ou possível. Queria que minha imaginação me levasse embora, me fizesse viajar e nesta viagem me fizesse enxergar algo tão óbvio e simples como o amor, mas de um jeito totalmente novo e brilhante, de modo que, ao voltar, eu pudesse me refazer, como uma peça de roupa desconstruída em outra; como reconstruir um sonho a partir de uma outra paleta de cores. Daí, então, teria mais certezas, as certezas de quem já viu algo além do arco-íris, sabe? Mas acho que isso já é minha imaginação prosaica e pobre, sem sentido. Aliás, com sentido, um sentido totalmente humano, o de tentar buscar fora de si, algo que deveria estar dentro. Ou não.

Ahhhhhhhhhhhhhhh cansei!

Um comentário:

  1. Este negócio de sentido... tenho falado e ouvido muito sobre isso atualmente. E lido também. É meu assunto do momento.

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